sexta-feira, 4 de maio de 2007

Repercussão do IDI-M

Indústrias moveleiras da Grande BH
investem no design para conquistar novos mercados
Dotar a produção industrial com marcante presença do design. Esta é a meta a ser perseguida pelas indústrias moveleiras situadas na região da capital mineira, consubstanciada no Projeto de Inserção do Design Industrial no Pólo Moveleiro de Belo Horizonte (IDI-M).
O projeto, iniciado em outubro de 2005, foi oficialmente apresentado nesta quinta-feira, 3 de maio, no Centro de Cultura “Nansen Araujo” (Teatro Sesiminas), em BH. Na ocasião, foi lançado o Catálogo IDI-M e apresentada uma exposição com produtos das empresas participantes. “Este é um trabalho de referência a uma das principais bandeiras do nosso sindicato, que é potencializar o que podemos produzir e mostrar”, assinalou o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário e de Artefatos de Madeira/MG (Sindimov), Dale Fialho.

De um total inicial de 24 empresas participantes, 16 delas concluíram o projeto, sendo que 13 expuseram os produtos na Galeria de Arte do teatro. “É um número bastante expressivo se levarmos em conta que, para um projeto pioneiro, ele representa 10% das empresas filiadas ao Sindimov”, comemorou a mestre em Gestão de Desenvolvimento de Produto e Design, Cristina Abijaode, coordenadora do IDI-M. Para ela, o mais importante foi a tomada de consciência do empresariado, que “entendeu a importância de se agregar valor ao seu produto como forma de diferenciação no mercado”.

De fato, o IDI-M – executado pelo Sindimov, através do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Madeira e do Mobiliário – Cedetem (unidade do Senai localizado em Contagem), com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Sebrae, e apoio da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Fumec e Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MG) – é um projeto inovador para a indústria moveleira da Região Metropolitana.
“Durante os últimos 18 meses, houve muita reunião, geração de idéias, elaboração de briefings, projetos de marketings e confecção de protótipos até chegarmos aos produtos finais, sempre respeitando o perfil tecnológico, comercial e estratégico de cada uma das empresas envolvidas”, explicou Cristina.

A designer, com 20 anos de experiência e há 10 atuando no segmento moveleiro de Minas, comandou uma equipe composta por nove designers de produtos, dois designers gráficos, um especialista em marketing, outro em sustentabilidade, outro em design de interiores e mais outro em gestão de design em micro-empresas, além de 15 estagiários. Cada empresa parceiro-cliente recebeu atendimento individualizado nas várias etapas: plano de marketing, criação de logotipos e imagens e metodologia para a distribuição do produto no mercado. É o que Cristina chama de “visão sistema”, em que a empresa fabrica o produto e apreende as técnicas para a sua comercialização.

De acordo com o gerente do Cedetem, Petrônio Pieri, o sucesso do IDI-M pode ser medido por um simples fator: o baixo nível de evasão. “Se 24 empresas entraram e apenas oito não concluíram, é sinal de que este é um projeto vencedor”, avaliou. Com 240 alunos em cursos de médio e longo prazo, e estimativas de chegar a 470 ainda em 2007, o Cedetem, na visão do seu gerente, também cresceu muito com o projeto do Sindimov. “Aprendemos que, além de produzir, é preciso abrir caminhos para que o produto chegue ao consumidor final. Compreendemos, assim, a exata noção de continuidade, que não termina no chão da fábrica”, afirmou Pieri, que já foi presidente do sindicato.

Parceiro na empreitada, o professor José Nunes Filho, que coordena o Centro de Estudos do Design da Madeira na Escola de Design da Uemg, reforça esta teoria de continuidade: “Com o devido apoio financeiro e tecnológico vistos neste projeto, o empresário ganhou conhecimentos para conquistar mercados”. Opinião corroborada pelo presidente da Movelaria Pilar, Élcio Santos, que acredita ter saído “da mesmice dos móveis padronizados” e entrado na rota dos “produtos mais elaborados” e “em busca de novos clientes”.

Com produtos expostos na Galeria do Teatro Sesiminas e no Catálogo IDI-M, estas são as 13 moveleiras que mostram a nova face do setor na Grande BH: Sul Minas Empreendimentos Ltda., Alggar Movelaria, Cozimóveis Ind. Com. Ltda., Cadeiras e Complementos Ltda., Júlia Móveis Ind. Com. Ltda., Dablo Ind. Móveis Ltda., Plastinox Ind. Com. Ltda., Minas Brasil Ind. Com. e Representação Técnica Ltda., Mardenarte Ltda., Movelaria Pilar Ltda., Madriart Móveis Ltda., Molduras Novo Horizonte Ltda. e Marcenaria Venutto e Filhos Ltda.

03/05/2007
WILLIAM ALVES MONTEIRO
Gerência de Imprensa da FIEMG

fonte: www.fiemg.com.br

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