segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Sergio Rodrigues: eleito um dos "Cariocas do Ano:2007"

Na categoria Prêmio Especial, Sergio Rodrigues faturou o título de "Cariocas do ano:2007", da Revista Veja. Mais um dos prêmios (justíssimos e merecidíssimos) que o arquiteto recebe.

Sergio Rodrigues é apaixonado pelo desenho e pela madeira. Dessa combinação, resulta sua obra, que o fez ser connecido como um dos maiores designers brasileiros.

Seu portfólio é vasto e marcado por móveis torneados e volumes generosos, e pela sábia utilização da madeira e de suas propriedades. A identidade, impressa em cada um de seus trabalhos, é sempre um exercício de brasilidade.

Parabéns por mais esta conquista!


Abaixo reproduzo o texto da revista VEJA:

Um dos criadores do mobiliário brasileiro contemporâneo, ele comemora 80 anos de idade e meio século de sua peça-símbolo

Fernando Lemos
Rodrigues, no Jardim Botânico, acomodado na Poltrona Mole: John Kennedy e a rainha Elizabeth na lista dos admiradores


Enquanto Lucio Costa e Oscar Niemeyer promoviam uma revolução moderna na arquitetura dos anos 50, ele teve o estalo. Era preciso adequar cadeiras, sofás, cômodas e mesas aos novos tempos. Deixar de lado os móveis coloniais. Barrar as influências estrangeiras. Criar um estilo particular que completasse a efervescência nacionalista da época. Em sua prancheta, começou a esboçar uma poltrona com pés robustos de jacarandá, estofado molengo de couro, rústicas cintas e encaixes à mostra. O desenho tomou forma há cinqüenta anos e foi batizado de Poltrona Mole. Data e feito comemorados em 2007, quando Sergio Rodrigues, o arquiteto carioca idealizador do autêntico mobiliário brasileiro, completou 80 anos.

No acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York, a peça sempre teve admiradores ilustres. Da rainha Elizabeth II ao presidente americano John Kennedy. Do papa Pio XII ao líder soviético Nikita Kruchev. É sua principal criação, mas nem de longe a única. Ele estima que de sua prancheta já tenham saído outros 1 600 móveis. Números e prêmios que não lhe sobem à cabeça. Nascido em Copacabana, sua rotina é elegantemente simples. Costuma ir à missa aos domingos. Gosta de ver novelas. Ouvir Diana Krall. Bom de garfo e faca, sua receita predileta é o arroz e feijão da cozinheira capixaba que trabalha em sua casa há trinta anos. "Chego a salivar só de imaginar", diz, com sorriso largo, fala mansa e bengala em punho. "Recomendação do meu pediatra." Seu escritório em Botafogo fica a cinco minutos do apartamento onde vive com Vera Beatriz, companheira no trabalho, mãe de dois de seus quatro filhos e paixão de infância que reencontrou por acaso há 29 anos. "Nem Janete Clair seria tão criativa", disse à época do reencontro do casal seu tio, o escritor Nelson Rodrigues.

fonte:http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m115/

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